Estudantes secundaristas e universitários do Instituto Federal do Pará, da Escola Profissional Integrado, Pedroso, Ulysses Guimarães, Augusto Meira, Deodoro de Mendonça, Agostinho Monteiro, MAF, Unama, UFPA, UEPA se reuniram na Escadinha da Estação das Docas às 9h para realizarem uma grande passeata em direção à Prefeitura, para lá solicitarem uma audiência pública sobre o transporte com o prefeito Duciomar Costa. Os estudantes, ao chegarem ao Palácio Antônio Lemos, receberam o comunicado do representante da Prefeitura de que não haveria nenhuma chance de o poder público ouvir a reivindicação dos alunos. Em virtude disso, todos os estudantes voltaram a ocupar a Av. 16 de Novembro por 20 minutos, numa tentativa de pressionar a Prefeitura a os ouvir, e, quando foi desocupada a Avenida e os estudantes retornaram à frente da Prefeitura, foram recebidos por balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta partindo da Guarda Municipal, com a desculpa de que os estudantes estavam "muito exaltados". Os vídeos mostram que os estudantes, munidos apenas de palavras de ordem e de seus uniformes, não atiraram nenhum objeto ao terem chegado ao Palácio, mas, diante da crueldade do Batalhão de Choque da Guarda, que atirou em inúmeras manifestantes e chegou até a jogar uma bomba na parada de ônibus, onde estavam senhoras e crianças, não se calaram e continuaram a manifestação, apesar do terror perpetrado pelos guardas, em cenas que lembram a repressão da época da Ditadura Militar no Brasil. Cerca de 15 estudantes foram feridos e levados aos hospitais, enquanto apenas um guarda sofreu escoriações, o que mostra o massacre executado e defendido pela responsável da Guarda Municipal, que segundo ela, foi pouco, mas, em contrapartida, já está mobilizada a sociedade de direitos humanos para não deixar estes criminosos impunes.
Mais uma vez os estudantes e trabalhadores de Belém deram exemplo de luta contra os grandes consórcios do transporte público de Belém e seus aliados na Prefeitura. Esta ação demonstra o desespero do poder público municipal, que, sem ter nenhum argumento para justificar o aumento, ordena a dispersão a força de qualquer cidadão belenense que queira se manifestar publicamente.
Continuaremos levantando a bandeira da redução da passagem de ônibus na região metropolitana de Belém, o Passe livre ao estudante, aumento da frota e melhores condições nos coletivos. Com palavras de ordem denunciando o preço da passagem de “R$ 2,20 é um Assalto!”, os estudantes mostraram para a população a necessidade de se agregar à esta luta.
“Se um trabalhador pega dois ônibus ao dia, isso equivale a R$ 114,40 ao mês, agora imagine quem pega quatro ônibus ao dia? Resulta num montante de R$ 228,80, o equivalente a mais de 1/3 do salário mínimo, enquanto que, segundo o DIEESE, a cesta básica completa custa R 700,00. As únicas pessoas que ganham com esse aumento são os donos dessas empresas. Nem o motorista, nem o cobrador, têm direito a uma parte desse lucro! Nossa luta não vai acabar aqui, o prefeito pode mandar centenas de guardas, mas semana que vem a gente volta com muito mais estudantes!” (Afirmou Jaquelliny Lopes – diretora de Mulheres da FENET e Secretária da FEPET, a qual foi atingida por uma bomba de efeito moral na perna).
MAIS UM PODEROSO ATO CONTRA O AUMENTO
Nesta terça feira, dia 14/09, concentração às 09h na Estação das Docas com a Av. P. Vargas. Participe!Compõem esta frente de luta contra o aumento:
GRÊMIO ESTUDANTIL CEPAP
UNIÃO DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE BELÉM (UESB)
FEDERAÇÃO PARAENSE DOS ESTUDANTES EM ENSINO TÉCNICO (FEPET)
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ESCOLAS TÉCNICAS (FENET)
MOVIMENTO DE LUTA NOS BAIRROS, VILAS E FAVELAS (MLB)
“Lutam melhor aqueles que tem belos sonhos.” Ernesto Che Guevara
Nenhum comentário:
Postar um comentário